Maputo, Moçambique – A outrora próspera indústria do tabaco em Moçambique sofreu uma recessão dramática, com a produção a cair uns impressionantes 71,7% em termos anuais no primeiro semestre de 2024. De acordo com dados oficiais, o sector gerou apenas 200 milhões de euros. meticais (2,8 milhões de euros), representando apenas 2,7% da meta anual.
Este declínio significativo está muito longe do pico da indústria em 2021, quando contribuiu com 7.768 milhões de meticais (108,9 milhões de euros) para a economia moçambicana. O sector tem enfrentado uma série de desafios, incluindo flutuações nos preços globais do tabaco, aumento da concorrência e preocupações crescentes com a saúde.
“A indústria do tabaco está enfrentando uma tempestade perfeita”, disse [Nome do Especialista da Indústria do Tabaco], “A combinação de declínio da demanda, aumento dos custos de produção e regulamentações mais rigorosas criou um ambiente desafiador para os produtores.”
Apesar dos esforços do governo para apoiar a indústria, incluindo a concessão de subsídios e assistência técnica, o declínio tem sido acentuado. A meta para todo o ano de 2024 foi fixada em 7.567 milhões de meticais (106,1 milhões de euros), mas dada a trajectória actual, parece altamente improvável que esta meta seja alcançada.
O declínio na produção de tabaco teve um efeito cascata na economia em geral, impactando o emprego, as exportações e as receitas fiscais. Muitos agricultores que dependem do cultivo do tabaco para a sua subsistência foram forçados a procurar fontes alternativas de rendimento.
À medida que a comunidade global de saúde continua a aumentar a consciencialização sobre os perigos do consumo de tabaco, o futuro da indústria em Moçambique permanece incerto. Embora o governo tenha tomado medidas para reduzir o consumo de tabaco, a sobrevivência da indústria dependerá da sua capacidade de se adaptar às mudanças nas condições do mercado e de diversificar os seus fluxos de receitas.