Três empresas responderam ao concurso público lançado pelo Instituto de Gestão de Participações do Estado (Igepe) de Moçambique em Dezembro de 2017 para a selecção de um parceiro estratégico para recuperar o Complexo Agro-industrial de Chókwè (CAIC), noticiou a imprensa moçambicana.
O CAIC, que custou aos contribuintes moçambicanos 60 milhões de dólares, financiados por um empréstimo concedido pelo Banco de Exportações e Importações da China, “produz actualmente quase nada, sendo apenas um encargo para os cofres do Estado, que tem de assegurar os salários dos trabalhadores e os custos relacionados com a manutenção da maquinaria.”
O jornal Mediafax escreveu, citando o director-geral do Igepe, Raimundo Matule, que após o lançamento do concurso público o Instituto foi contactado por diversas empresas durante os meses do Janeiro e Fevereiro, sendo que apenas três delas, cuja identidade foi mantida em sigilo, apresentaram propostas.
As três empresas, prosseguiu Matule, passam agora a uma segunda fase, em que terão de apresentar propostas técnicas e financeiras, estando previsto que esta fase termine a 23 de Março corrente.
O CAIC, localizado na província de Gaza, sul de Moçambique e inaugurado em 2015 pelo Presidente Filipe Nyusi, nunca conseguiu produzir mais do que 12% da capacidade instalada, dado que embora dispondo da maquinaria necessária para processar arroz, tomate e caju nunca recebeu dos agricultores matéria-prima em quantidade suficiente.